A Felicidade Não Se Compra (It’s a Wonderful Life, 1946), de Frank Capra
O clássico de Frank Capra provavelmente é o recordista de reprises no Natal e traz o grande James Stewart na pele do protagonista George Bailey: sujeito de bom coração, que vive um momento de extrema dificuldade financeira e se acha um fracassado. Ao perder a esperança, decide pular de uma ponte na Véspera de Natal. É quando um “candidato a anjo” meio trapalhão – e que espera há séculos para “ganhar asas” – tem como missão salvar o humano. Assim, tenta fazer Bailey perceber o quão é importante para várias pessoas ao seu redor e como seria a vida delas sem sua existência. Ou seja, todos importam.
Amizades Improváveis (The Fundamentals of Caring, 2016), de Rob Burnett
Lançado no Festival de Sundance, “Meca” do cinema independente dos EUA, foi disponibilizado no Netflix. Acompanha a trajetória de Ben (Paul Rudd, o Homem-Formiga da Marvel), escritor que sofreu trágica perda e decide virar cuidador. Seu primeiro cliente é Trevor (Craig Roberts), de 18 anos, que tem distrofia muscular e jamais sai de casa. Para ajudá-lo, propõe uma viagem para que o paciente, enfim, visite os lugares vistos pela televisão. Tipo de história que emociona quem amou Como Eu Era Antes de Você (2016) e o francês Intocáveis (2011). Só que menos melodramática. Apesar da premissa conhecida, o road movie é mais ácido em relação aos congêneres: graças ao roteiro (baseado em livro de Jonathan Evison) e à direção de Rob Burnett, produtor e escritor egresso do Late Show With David Letterman. Delicada em vários momentos e ainda que não seja perfeita, a comédia dramática reúne elenco carismático. Além de tudo, a obra mostra detalhes da rotina dos cuidadores, profissionais tão importantes e admiráveis.
As Melhores Coisas do Mundo (2010), de Laís Bodanzky
Mano (Francisco Miguez) é um adolescente de 15 anos. Ele está aprendendo a tocar guitarra com Marcelo (Paulo Vilhena), pois deseja chamar a atenção de uma garota. Seus pais, Camila (Denise Fraga) e Horácio (Zé Carlos Machado), estão se separando, o que afeta tanto ele quanto seu irmão mais velho, Pedro (Fiuk). Sua melhor amiga e confidente é Carol (Gabriela Rocha), que está apaixonada pelo professor Artur (Caio Blat). Em meio a estas situações, Mano precisa lidar com os colegas de escola em momentos de diversão e também sérios, típicos da adolescência nos dias atuais. Primeiro longa de Laís Bodanzky, trata com sensibilidade a questão do suicídio vivida por Pedro, salvo justamente por quem não é parente de sangue.
As Vantagens de Ser Invisível (The Perks of Being a Wallflower, 2012), de Stephen Chbosky
Baseado no romance escrito por Stephen Chbosky, acompanha Charlie (Logan Lerman), de 15 anos, um estranho carinhoso e ingênuo, lidando com o primeiro amor (Emma Watson), o suicídio de seu melhor amigo e sua própria doença mental. Enquanto luta para encontrar um grupo de pessoas ao qual sinta-se pertencente. Sensível, com momentos divertidos, o filme aborda várias questões: trauma, bullying, abuso, a importância de termos pessoas com quem contarmos nos momentos difíceis. O elenco tem química, carisma e a trilha sonora é a cereja do bolo.
DivertidaMente (Inside Out, 2015), de Pete Docter e Ronnie Del Carmen
Crescer pode ser uma estrada esburacada, e não é exceção para Riley, arrancada de sua vida no Meio-Oeste quando seu pai começa um novo emprego em São Francisco. Como todos nós, a protagonista é guiada por suas emoções – Alegria, Medo, Raiva, Nojo e Tristeza. O filme acontece basicamente dentro do cérebro da garota. Embora Alegria, a principal e mais importante emoção de Riley, tente manter as coisas positivas, as emoções conflitam sobre a melhor forma de navegar em uma nova cidade, casa e escola. À princípio para crianças, a animação da Pixar traz temas capazes de gerar reflexão também nos adultos e mostra que não existe sentimento melhor ou o pior e, inclusive a tristeza, é necessária. Venceu o Oscar da categoria.






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